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Notícia

Seis mil hospitais! A saúde movimenta cerca de R$ 20 bilhões anuais no Brasil.

Com 2,18 médicos para cada mil pessoas, o brasileiro tem à disposição seis mil hospitais e dois milhões de enfermeiros, técnicos e auxiliares.

O Brasil gastou em 2018 R$ 5,2 mil per capita com a saúde, considerando recursos públicos e privados. Quando o tema é Produto Interno Bruto (PIB), estima-se que o país destinou 9,2% do PIB para os gastos com saúde, colocando-o em 14º lugar no ranking da OCDE, ao lado de Austrália e à frente de Itália, Espanha, Coreia do Sul e Finlândia. A diferença é que nesses países a maioria do montante é despesa pública, enquanto no Brasil é despesa privada. “O tamanho do gasto é um sinalizador de investimento e de fatores relacionados ao crescimento, mas nem sempre ele resulta em uma entrega de valor. Em alguns países, embora o gasto seja muito alto, o desperdício e a produtividade são baixos. Não necessariamente o país que mais investe consegue maiores retornos”, explica o diretor de estratégia hospitalar da Informa Markets, Rodrigo Moreira.

Diante do baixo investimento per capita, Moreira afirma que é importante atentar ao impacto na entrega da saúde e na geração de valor para a população. Entrega de valor em saúde significa melhores desfechos clínicos, mais acesso à população e adequação dos custos para entrega desses serviços. “Dado que praticamente 55% do mercado vem da iniciativa privada, há uma relação bastante direta com o desenvolvimento econômico do país. À medida que você tem maior produtividade do setor privado, isso se reflete em mais contratação, o que intervém forte no volume de recursos da saúde. Por outro lado, na saúde pública, à medida que a saúde cresce, você tem alocação de recursos para fazer frente às necessidades”, acrescenta.
Para ele, o momento é de otimismo moderado. Um dos motivos é a retomada da economia, embora com taxas de crescimento abaixo da média necessária para o Brasil ter investimentos de transformação de longo prazo. “Mesmo assim, isso irá se refletir em geração de emprego e oportunidades relevantes, o que gera um crescimento importante para o setor”, detalha. Por outro lado, o momento é de desafios. “Há espaço para produtividade, valor investido, gestão de desperdício e ganho de eficiência, mas é preciso considerar a pressão sobre os custos. Há o envelhecimento populacional, as doenças crônicas e as doenças infecciosas. Isso faz uma pressão sobre o nível de gastos da saúde versus as atividades da população”, afirma Moreira.

Tendências para o próximo ano

A saúde movimenta cerca de R$ 20 bilhões anuais no Brasil. O setor pode esperar, segundo o diretor de estratégia hospitalar da Informa Markets, um 2020 melhor do ponto de vista de prestadores de serviço e do desenvolvimento de novas tecnologias. “As discussões sobre telemedicina e o uso ético de tecnologias irão continuar nos próximos meses. É impossível permanecer no setor sem avaliar o uso tecnológico na geração de capacidade de atendimento, produtividade e efetividade nos gastos. É preciso avaliar a efetividade de tudo o que está no mercado para não fazer investimentos que não agreguem valor”, ponderou.

O próximo ano também será de oportunidades para investimento em gestão e utilização dos recursos. “O crescimento não pode ser só econômico; precisa estar conectado com o que o usuário deseja, com o acesso, a produtividade, para que o setor seja capaz de materializar melhores resultados para o paciente. Outras tendências são explorar novos modelos de negócio, sobretudo no quesito remuneração, e analisar os novos aspectos regulatórios, entre eles a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)“, ressaltou.

FONTE: www.conexaosegurosunimed.com.br